Difícil essa tarefa de botar bichos pra fora, viu? A gente vive engolindo sapo até a hora que enche o pote e... Surrrrrrrrrrrrrtttoooooooooooooo.
Então. Surtei. Até que foi legal na hora, mas depois que passou, caramba, que mico! Aí vem a culpa pelo mico, e quando a gente se sente culpada fica logo enfiada embaixo da cama e quando isso acontece tem sempre alguém pra chamar um psiquiatra.
E tem sempre um psiquiatra pra dar uma montanha de remédio pra gente e pra proibir de beber e delicadamente aconselhar a não fumar. Os psiquiatras são delicados quando não são extremamente proibitivos.
Mas aí é que ta.
Se há uma coisa que me deprime é que quando a gente ta deprimida tudo o que é bacana é proibido. Não poder beber cerveja com os amigos é um porre! Ah ta, posso encontrar os amigos, mas não posso beber a cerveja. Amigo sem cerveja não é amigo, poxa.
Aí a psiquiatra me manda sair de casa, ver gente, me socializar. Socializar o escambau! Eu, sóbria, em roda de cerveja? Aí mesmo é que eu desisto dos meus amigos. Eles só têm alguma graça quando eu não sei bem do que eles estão falando – e nem eles.
Vou me socializar com quem, então? Até a minha mãe que tem 190 anos bebe cerveja! Só se eu mudar meu rumo e for para um hospital psiquiátrico fazer tim-tim de fluoxetina com os outros malucos. Até que seria legal, não fosse a dose receitada extremamente insuficiente para uma boa festa.
Antes que eu fique mais deprimida ainda, é melhor voltar pra TV a cabo. Depois dormir. Depois TV a cabo. Depois dormir.
Quem inventou esse revezamento 2X2 pra depressivos merecia ficar de maçã na cabra-cega.
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